Nível de desemprego no Ceará deve encerrar ano no patamar de 10%
Melhoria das perspectivas econômicas e a
evolução do mercado de trabalho local ao longo deste ano elevam as expectativas
para que o nível de desemprego no Estado recue mais ao fim de 2018, comparado
ao ano passado
Após a taxa de
desemprego no Ceará apresentar redução nos três primeiros trimestre do ano, a
expectativa é de que o mercado de trabalho cearense feche 2018 em um patamar
melhor do que no encerramento do ano passado (11,1%), ficando em torno de 10%,
segundo estima Mardônio Costa, analista de Mercado de Trabalho do Sistema
Nacional de Empregos/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT). Para
2019, com as perspectivas de crescimento econômico, a tendência é de que essa
trajetória seja mantida.
"O mercado de trabalho local
tem dado concretos sinais de melhora ao longo do ano", aponta o analista.
"Tradicionalmente, o desemprego tende a cair nessa época de fim do ano,
até porque temos essas contratações do comércio e do setor de serviços. Então,
acredito que, possivelmente, o Ceará feche o ano com uma taxa de desemprego por
volta de 10%", prevê.
No
primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação no Estado era de 12,8%,
caindo para 11,7% no segundo trimestre e para 10,6% no terceiro. O indicador
apresentou melhores resultados em todos os trimestres deste ano, na comparação
com iguais períodos de 2017 (14,3%, 13,2% e 11,8%, respectivamente).
O
segundo trimestre deste ano, por sua vez, apresentou o maior número de ocupados
para o período, desde 2012, tanto no Estado (3,556 milhões de pessoas) como na
Região Metropolitana de Fortaleza (1,510 milhão).
Recuperação gradual
Apesar
da expectativa otimista, o analista de Mercado de Trabalho do Sine/IDT avalia
que a recuperação do emprego deva ocorrer de forma gradativa, acompanhando o
ritmo de recuperação da economia do País.
"Atualmente,
estamos (com uma taxa de desocupação) em 10,3%, com 437 mil desempregados no
Estado, mas como estamos no segundo ano consecutivo de crescimento econômico,
podendo o Ceará crescer em torno de 1,5% neste ano, isso tem favorecido um
desempenho melhor do mercado de trabalho", avalia Mardônio Costa.
Entre
os fatores que deverão contribuir para uma melhora no próximo ano, Costa
destaca a evolução no ambiente macroeconômico e o aumento da confiança dos
agentes econômicos do comércio e na indústria. "As expectativas de
crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para o próximo ano estão em torno de
2,5%. Então, como nós vamos crescer um ponto percentual a mais do que neste
ano, a perspectiva é de que esse processo gradual de melhora no mercado de
trabalho tenha continuidade em 2019".
Mercado de trabalho
Ontem
(18), a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do estado do Ceará
(STDS) e IDT lançaram o boletim "Mercado de Trabalho em Foco", que
irá compilar dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(PNAD Contínua) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para mapear os indicadores sobre
emprego no Estado.
Segundo
o titular da STDS, secretário Francisco Ibiapina, o novo documento, que deverá
ser divulgado semestralmente, servirá para dar direcionar ações do Governo do
Estado focadas na geração de emprego e renda.
"Vamos
priorizar áreas no Estado onde a necessidade de emprego é maior, atraindo
investimentos, novos empreendimentos. Atuando, também, junto àquela parcela da
população que está mais fragilizada, como as mulheres, que sempre têm
oportunidades menores de empregos do que os homens, a questão regional, ou por
idade", destaca o secretário.
Interior
Além de compilar dados gerais do Ceará e da Região Metropolitana
de Fortaleza, o novo boletim irá apresentar dados segmentados do Interior, e
das regiões metropolitanas de Sobral e do Cariri. "Então, a partir do IDT,
o Governo do Estado do Ceará vai ter um subsídio muito forte para o novo
governo que se inicia, para que possamos implantar políticas de geração de
emprego, trabalho e renda".
Por Bruno Cabral















Nenhum comentário