Coletivos juvenis são trunfos contra a violência
Em um cenário no qual os jovens são o
principal alvo da violência urbana, o encontro é capaz de trazer mais força
27 de Novembro de
2018
Coletivos de teatro, música e dança realizam
eventos, como na praça do bairro CanindezinhoFoto: Kid Jr
"Os coletivos atuam
incisivamente sobre essa forma de reduzir os homicídios porque é tirar essa
galera que acha que tem que matar pra compreender que tem que viver",
responde o agente cultural Wesley Lobo, atuante do Centro de Defesa da Vida
Herbert de Souza (CDVHS), no Grande Bom Jardim. Além do CDVHS, o jovem também
ocupa praças, ruelas e avenidas do local que o fez gente grande.
Em outubro de 2017, munidos do
relatório do Comitê Cearense Pela Prevenção de Homicídios na Adolescência,
organizado pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, um grupo de jovens
resolveu criar o projeto "Vivo Cidadania". A proposta surgiu a partir
do estudo dos crimes violentos em razão da necessidade de haver um comitê local
em defesa do direito à vida da população jovem do local.
Um dos objetivos do "Vivo
Cidadania" é mapear os coletivos juvenis presentes no território do Grande
Bom Jardim. "Existe um conjunto de resistências que, ocupando o espaço
público, faz com que essa violência não chegue de forma tão forte até
eles", explica Ingrid Rabelo, responsável pela coordenação da proposta, a
qual só foi possível ser implementada em razão da conquista de um edital do Governo
do Estado.
Os coletivos promovem, além de arte e cultura, transformação localFoto:
Reinaldo Jorge
Fortalecimento
Os coletivos seriam, dessa forma,
grupos que têm "autocuidado, preocupação de estar no espaço público e
promover a arte e a cultura que são instrumentos, além do desenvolvimento
local, de transformação de vidas", completa Ingrid. Ao todo, foram
mapeados 24 agrupamentos na área da comunidade, que compreende o território dos
bairros Canindezinho, Siqueira, Granja Portugal, Granja Lisboa e, claro, o Bom
Jardim.
Por Cadu Freitas,
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