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Idosos ampliam espaço no mercado de trabalho, mas só 1/4 tem carteira assinada

Embora a maior parte dos trabalhadores mais velhos tenha ocupações mais flexíveis, movimento de inclusão etária nas empresas já é perceptível e reflete nova realidade demográfica.

Dilma Stanisci, de 81 anos, é caixa na farmácia de manipulação Buenos Aires, em São Paulo: 'Não quero ficar em casa'. — Foto: Fabio Tito/G1
O interesse das empresas por trabalhadores da terceira idade nunca foi notável, mas já se percebe um olhar um pouco mais amigável para a diversidade etária e a convivência entre gerações dentro do ambiente corporativo. Esse movimento atende a uma crescente demanda de pessoas mais velhas que buscam um emprego.
Ainda que o percentual de pessoas acima de 60 anos no mercado de trabalho venha crescendo – bateu o recorde de 7,9% no segundo trimestre, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – apenas 26% têm carteira assinada. A maior parte ainda está na informalidade ou em ocupações por conta própria.
A faixa etária mais excluída do mercado formal é também a que mais tem sofrido com o fechamento de vagas com carteira assinada, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em agosto, enquanto a faixa etária até 39 anos criou mais de 140 mil vagas, 37 mil postos foram fechados para pessoas acima de 50 anos.
Contudo, algumas empresas passaram a lançar programas com vagas abertas apenas para pessoas de idade mais avançada, como parte de um esforço de diversidade que já era observado em relação a gênero e raça.

Por Taís Laporta e Marta Cavallini, G1


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