Damares Alves é confirmada no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
Equipe ministerial já conta com 21 ministros.
Segundo Onyx Lorenzoni, o presidente eleito continua refletindo sobre a escolha
para o Ministério do Meio Ambiente
Postado em 06 de dezembro de 2018
foto:
Valter Campanato/Agência Brasil)
A pastora e advogada Damares Alves foi confirmada na chefia do
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O anúncio foi feito pelo
ministro extraordinário e coordenador da equipe de transição do governo, Onyx
Lorenzoni, na tarde desta quinta-feira, 6. A pasta, ainda segundo o ministro,
deve ficar responsável pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
O convite de Bolsonaro à pastora, na semana passada, provocou atrito com
a bancada evangélica. Damares foi assessora do senador Magno Malta (PSC-ES),
que não conseguiu se reeleger e não foi chamado para compor o primeiro escalão
do novo governo. Nesta quarta-feira, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse
que as portas "estão abertas" para Malta, mas que não seria
"adequado" colocá-lo à frente de um ministério.
O novo ministério também vai agregar ainda Fundação Nacional do Índio
(Funai), responsável pela demarcação de terras indígenas e políticas voltadas
para esses povos.
Com este anúncio, a equipe ministerial já conta com 21 ministros.
Segundo Lorenzoni, o presidente eleito continua refletindo sobre a escolha para
o Ministério do Meio Ambiente, a última pasta a ter o titular definido.
Apoiada por setores evangélicos, Damares Alves, que também é pastora,
afirmou que terá como prioridade as políticas públicas para mulheres. Segunda
ela, o objetivo é avançar nas metas que ainda não foram alcançadas e propôs um
pacto nacional pela infância.
"A pasta é muito grande, muito ampla e agora a gente está trazendo
para a pasta a Funai. Nós vamos trazer para o protagonismo políticas públicas
que ainda não chegaram até às mulheres, e às mulheres que ainda não foram
alcançadas pelas políticas públicas.”
De acordo com Damares Alves, a prioridade será para a “mulher
ribeirinha, a mulher pescadora, a mulher catadora de siri, a quebradora de
coco”. “Essas mulheres que estão anônimas e invisíveis, elas virão para o
protagonismo nessa pasta. Na questão da infância, vamos dar uma atenção
especial, porque está vindo para a pasta também a Secretaria da Infância, e o
objetivo é propor para a Nação um grande impacto pela infância, um pacto de
verdade pela infância", disse.
Funai
A futura ministra negou que dificuldades e controvérsias envolvendo a
Funai serão problemas. "Funai não é problema neste governo, índio não é
problema. O presidente só estava esperando o melhor lugar para colocar a Funai.
E nós entendemos que é o Ministério dos Direitos Humanos, porque índio é gente,
e índio precisa ser visto de uma forma como um todo. Índio não é só terra,
índio também é gente", afirmou.
Pela manhã, indígenas de diversas etnias, vinculados à Articulação de
Povos Indígenas do Brasil (Apib), estiveram no Centro Cultural Banco do Brasil
(CCBB) e protestaram contra a desvinculação da Funai do Ministério da Justiça.
Os indígenas entregaram uma carta a integrantes do governo de transição.
Dois representantes do grupo se reuniram com integrantes do futuro governo.
Segundo os indígenas, a manutenção da autarquia na pasta da Justiça daria mais
segurança na defesa de seus direitos. (Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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