Perto da resolução
| CFO | Secretaria do Esporte aguarda
emissão de alvará de funcionamento para regularização do Centro de Formação
Olímpica. Habite-se foi emitido há dois dias
ABILITADO
para 26 modalidades olímpicas, CFO recebeu R$ 250 milhões de aporte FABIO LIMA
Quatro anos após a inauguração
parcial, somente há dois dias o do Centro de Formação Olímpica (CFO) obteve o
Habite-se. A Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte) tenta agora a emissão
do alvará de funcionamento para regularizar a situação do maior complexo
esportivo do País, com mais de 85 mil m² e construído com aporte de cerca de R$
250 milhões.
Sem os dois documentos necessários
para funcionar, o CFO recebe eventos desde 2015 de forma irregular, entre
atrações esportivas e de entretenimento de grande porte, conforme O POVO
noticiou com exclusividade no último dia 5. O prazo inicial dado pela Sesporte
à reportagem para a regularização do equipamento vai até amanhã, quando o
complexo recebe cerca de 15 mil pessoas para a gravação do DVD do comediante
Whindersson Nunes - um dos principais nomes do Youtube no Brasil.
Até o início da noite de ontem, o
alvará de funcionamento ainda não havia sido emitido pela Secretaria Municipal
de Urbanismo e Meio Ambiente de Fortaleza (Seuma). O POVO apurou que estaria
faltando apenas uma pesquisa de adequabilidade para a retirada em definitivo do
documento.
Após reportagem do O POVO, o
Ministério Público do Estado (MPCE) resolveu investigar a situação. Responsável
pelo caso, o promotor de Justiça José Francisco de Oliveira Filho, da 2ª
Promotoria do Meio-Ambiente e Planejamento Urbano, determinou o envio de
ofícios e pediu esclarecimentos a Sesporte, Seuma, Secretaria Regional VI e
Secretarias de Infraestrura do Estado e Município. Procurado ontem, o membro do
MP informou que ainda não recebeu respostas das instituições e que o prazo para
posicionamentos se encerra na próxima semana.
Em entrevista exclusiva ao O POVO, o
titular da Esporte, Euler Barbosa, afirma que o Estado foi "lesado"
pela construtora Galvão, executora da obra do CFO, e que a empresa
"abandonou" as atividades após envolvimento em casos de corrupção
investigados pela Operação Lava Jato. O secretário, que assumiu a pasta em
junho de 2017 substituindo Gelson Ferraz, diz que a companhia só retomou as
intervenções no equipamento há seis meses por "força de um acordo
judicial".
"Eles foram obrigados a voltar e
concluir. Faltavam 2% para a conclusão, concluíram e repassaram os documentos.
O Estado foi vítima da construtora durante um período de um ano pra cá até
ingressarmos com ação judicial e voltarem", comentou Euler.
Apesar do imbróglio entre Governo e
construtora, a agenda do equipamento não foi atingida, mesmo sem emissão de
Habite-se e alvará de funcionamento.
O complexo recebeu eventos como
edição do UFC, maior torneio de artes marciais mistas do mundo; finais da
Supercopa de Voleibol; jogos frequentes do Basquete Cearense; e shows de
Scorpions, Roberto Carlos e Tribalist
Engenheiros e arquitetos ouvidos pelo
O POVO, que atuam no setor privado, foram taxativos ao afirmarem que sem a
documentação nenhuma obra é liberada para operar.
Fonte:
Diário do Nordeste
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